domingo, 7 de julho de 2013

Piscina no parque

Aqui é comum haver piscinas rasas para crianças em parques, piscinas públicas, totalmente gratuitas. Hoje fomos a uma, é um misto de quadra de esportes com parque onde tem brinquedos para as crianças, onde se pode fazer piquenique, além da piscina. Tinha algumas folhas e resíduos dentro, mas a água é limpa e fazem limpeza regularmente. Quando chegamos éramos só nós, mas depois apareceram dois pais com seus filhos. O bom é que a gente chega, estaciona as bicicletas e fica à vontade. Ninguém perturba, ninguém coloca música alta (nem baixa), não se tem medo de ser assaltado ou assediado de alguma forma. (Já vi mulheres tomando banho de sol no gramado da beira do rio que atravessa a cidade; ninguém fica olhando ostensivamente para elas e, pelo que entendi, o assédio inexiste.)










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Praia de Uittamo

Bem pertinho da cidade de Turku tem uma praia, e como tem feito calor o pessoal tem frequentado. O verão aqui é imprevisível, há verões frios e chuvosos. 

Essa foto eu tirei depois das 18hs, e ainda tem sol até bem depois das 21hs. Mas se está nublado fica frio, só está quente enquanto o sol aparece.



Em praticamente todas as praias existem vestiários onde as pessoas podem trocar de roupa.



Praticamente não se vê lixo jogado em lugar nenhum e, como podem ver, há lixeiras em todo lugar.


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sábado, 29 de junho de 2013

Brechós e celulares

Já falamos sobre os brechós daqui, que são numerosos, variados e baratos. Temos passeado bastante por eles e esses dias achei um vestido que estava sem preço. Comparando com outros ítens achei que poderia ser entre 3 e 5 Euros e fui ao caixa perguntar. Custava 0,50 Euro. Desnecessário dizer que levei. 



Quanto aos celulares, levei uma surpresa muito agradável. Um ano atrás arranjei um celular e coloquei um chip para poder me comunicar enquanto estivesse aqui. Pelo que entendi eu devia fazer uma recarga dentro de seis meses para não perder a linha, mas também soube que o prazo havia mudado recentemente para um ano. Seja como for, quando retornei eu não sabia se ainda tinha a linha e os créditos que haviam sobrado. Quando testei desobri que tinha a linha e os créditos, depois de quase um ano. Que nem no Brasil (SQN).
País que respeita o consumidor é outra coisa.

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Fiskars

Fiskars

É uma cidade onde haviam várias indústrias de utensílios, como tesouras, facas e de uso agrícola. A maioria já foi desativada, mas uma das mais famosas, Fiskars, permanece. Meu primo nos levou para conhecer o lugar, foi um passeio bem agradável.

Um exemplo de artesanato vendido em uma das muitas lojas desse tipo.

Uma estufa que funciona queimando 'pellets' (bolinhas de serragem prensadas). Dizem que é bem eficiente.

Meu primo e eu; ao fundo uma casa construída com tijolos feitos com o resíduo prensado do que sobra depois de se extrair o minério de ferro das pedras.





Detalhe da parede da casa.



A casa onde morava o dono da usina.

Ao fundo se vê onde a água podia ser desviada para mover algum mecanismo dentro da construção à esquerda. Agora a represa é mantida só por paisagismo.


A locomotiva usada antigamente para levar os produtos até os navios para serem levados à Suécia.
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Para saber mais sobre o lugar -
http://en.wikipedia.org/wiki/Fiskars
http://www.fiskarsvillage.fi/en/events/fiskars-summer-season


[Eu devia ter postado sobre a praia de Uittamo, mas resolvi deixar para outra postagem]

sexta-feira, 28 de junho de 2013

2013

Lisboa

Passamos novamente a tarde em Lisboa, mas desta vez aprendemos a usar o metrô, bem mais barato e rápido. Abaixo, a Estação Oriente.


Imagem da ponte. 

E andamos de teleférico:


Parque da Nações 

Um parque onde se pode fazer vários tipos de sons.


Vepsä

Tivemos muita sorte com o tempo e tem feito bastante calor (hoje, 28 de junho, refrescou um pouco). Fomos visitar uma ilha aonde se vai de barco, leva uma hora:


O pessoal aqui vive intensamente o verão e o turismo interno é forte. Eles aproveitam qualquer lugar e transformam em atração, mas quase tudo está escrito só em finlandês.
As paisagens no caminho e na ilha são lindas:
 






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Próxima - Visita a Fiskar, fábica de tesouras, facas e utensílios agrícolas. Mas também um centro florescente de artesanato atualmente.


domingo, 21 de outubro de 2012

Conclusões

     Conclusão

    Acho que quanto mais velho a gente fica, mais tempo precisa para digerir uma viagem. Hoje fazem 90 dias que voltamos e ainda continuamos pensando naquilo que vimos. E comparando tudo, mesmo sem querer. 
     Na vez anterior que estive na Finlandia, há 28 anos, aconteceu a mesma coisa mas acho que como era 28 anos mais jovem, tinha uma visão mais otimista ou, pelo menos menos pessimista. Agora, mais velho a visão talvez seja mais realista. A idade muda as perspectivas, jovens têm mais tempo. Talvez os mais velhos sejam mais imediatistas, claro, porque têm perspectiva de menos tempo que os mais jovens. Uma das conclusões é que estamos muitos anos atrás da Europa, e  continuamos, me arrisco a dizer que estamos 50 anos atrasados. Mas, é como uma camisa que se abotoa o primeiro botão errado, e os outros também serão abotoados errados. Vamos continuar no atraso.
      As inovações que vimos, a grande maioria pode funcionar bem lá, mas aqui não tem jeito.  Aí pensei e pensei e acho que descobri porque as  coisas de lá não funcionariam aqui. Via de regra somos um povo DESONESTO. Isso significa que aqui a maioria rouba de uma ou outra forma, os políticos, profissionais e assim por diante. As empresas, por exemplo de telefonia e TV paga, tentam aplicar golpes nos usuários.  Muitos usam TV gato e assim por diante. Eu me considero honesto, baixo filmes, músicas e programas via internet, claro, e me justifico brasileiramente como todo mundo, sou pobre e não posso pagar por filmes em CDs originais, assim. Assim, não sou realmente honesto. A escolha seria entre pagar por um programa uma quantia que eu não tenho, ou baixar, piratear filmes, e faço isso sem remorso. A Presidenta anuncia que vão baixar as taxas de eletricidade  no ano que vem. No outro dia anunciam que vai subir a conta da luz. Depois ficamos sabendo que há anos que estão cobrando taxas em excesso. Os planos de Saúde criados aparentemente para suprir as deficiências do sistema de saúde oficial acabam sendo algo  comercial, ou seja, "um produto " apenas, uma mercadoria, os usuários, os consumidores.
       Se alguém entrega uma carteira que encontrou, tem os 15 minutos de fama e é esquecido. E mais, passa por trouxa para os colegas. 
   Assim  única lei  obedecida pela grande maioria, é a "Lei de Gerson ", levar vantagem em tudo. Voltando às melhorias, já pensaram as velhinhas na rua com aqueles andadores? Se não fossem assaltadas logo acabariam caindo em algum desvão das calçadas. Biblioteca moderna? Roubariam tudo ligeirinho e provavelmente incendiariam o que não pudessem carregar e trocar por crack.  Pesar as verduras no mercado? Pesariam caviar e poriam a etiqueta dizendo que é banana. Bicicleta sem cadeado? Porta do edifício aberta?  E assim por diante. Alguém tentaria justificar dizendo que "somos pobres ".  Mas, pelo que sei há países mais pobres que não são assim. Talvez seja pobreza moral.
       Na nossa constituição é previsto um salário digno, mas isso não é obedecido.  A saúde, um caos, o governo paga pouco para os médicos e talvez isso seja justificativa para mau atendimento.  Não há dinheiro para saúde mas tem para o futebol e assim por diante. Bom, é só ver os noticiários e jornais.  E vamos continuar assim, construindo cadeias e cadeias, soltando criminosos, povo colocando grades em volta da casa, governo arranjando desculpas para a saúde, para a segurança. Quanto aos aposentados, não há dinheiro, se reajustar a aposentadoria o INSS iria á falência.  Mas, tudo bem, tem a novela na TV, os jogos de futebol, Carnaval. Ah, aqui a bebida é livre, não precisa ser comprada em lojas especializadas.... Clima bom, mulheres baratas, bebida, Casas Bahia vendendo TV LCD 42 polegadas em trocentas vezes. Transporte público ruim, mas para que? Tem sempre planos para estimular o pessoal a comprar carros que, mesmo custando mais do dobro do que custa nos países mais ricos são comprados  e são um dos maiores símbolos de status .
                                                              Viva o Brasiu  !!!!!Coitado de Nós !!!!!!!!!!!
                                                                                 
         

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Museu de Artesanato e Museu ‘Old Turku’ and ‘New Art’

Em Åbo há muitos museus, visitamos alguns.

Em 1827 um grande incendio devastou a cidade de Turku/Åbo que foi capital da Finlandia até 1807. 
Esse incendio destruiu a maior parte da cidade e um bairro apenas sobreviveu ao incendio. Esse bairro está preservado até hoje e é um Museu que pode ser visitado .


Esse bairro tinha muitos  artesãos , naquela época residiam e trabalhavam no mesmo lugar. Hoje ainda têm as oficinas, e geralmente tem alguém usando roupas da época e fazendo algum trabalho artesanal. Tinha sapateiro, fábrica de charutos, oficina onde faziam  violinos, livros, alfaiate, relojoeiro e outras atividades. Uma das casas pertencia a um capitão de navio inclusive .Explicaram que ,quando o pai e os maridos que trabalhavam em navio estavam fora, todas as filhas ficavam na casa do pai .Quando voltavam ficavam com os maridos em outra casa ,temporáriamente pois eles  ficavam mais no mar do que em terra . 
Todas as casas têm teto baixo e peças pequenas. Os aquecedores da época ocupavam talvez 10% do espaço. E quartos pequenos são mais fáceis de esquentar.  O espaço era bem ocupado, os "sofás" que ainda hoje podem ser vistos, na verdade servem de camas, se puxados para frente eles aumentam o tamanho e são usados como camas. Claro, naquela época não podiam ter casas muito grandes e todo o espaço era bem ocupado. 








Essas  varas de madeira serviam  para direcionar a água da chuva para dentro de um barril .

Oficina onde faziam violinos.

Nesse tipo de telhado, a grama fica sobre uma camada de cascas de bétula que servia para impermeabilizar o telhado.

Brinquedo antigo, pernas de pau. O antigo que está em cima sou eu; é como andar de bicicleta, a gente não esquece. Embaixo a minha neta. 






Essas rodelas são pães, eles guardavam dessa maneira para que os ratos não pegassem. Há muitos tipos de pão com esse formato . Um deles utilizava hemoglobina na sua fórmula , ficava bem escuro e..provávelmente muito nutritivo.


Armário de 1802. 

Esse é outro tipo de aquecedor, acredito que naquela época a única opção era a lenha  ,quem sabe carvão também .

Não aparece direito mas é outro tipo de aquecedor que aparece no canto.

Visitamos outro museu chamado ABOA VETUS E ARS NOVA que significa Old Turku e Arte Nova.
Esse museu fica onde ficavam grandes construções na beira do rio e que foram consumidas no grande incendio. Sobraram os porões que foram aterrados e construiu-se em cima. Mais tarde as ruinas foram redescobertas e o museu foi construido em cima delas. E estão sendo escavadas até hoje. As partes que foram descobertas foram limpas e é possível andar sobre elas e entre elas . Certas partes são recobertas por vidro e dá para olhar  e, caminhar sobre ele. Como disse, o trabalho de arqueologia prossegue hoje ainda, é possível ver o pessoal escavando .

Essa placa conta que esse porão foi descoberto no verão de 1992, a escadaria e o porão foram feitos no século 15. Essas estruturas provavelmente pertenciam a moradias que foram destruídas no incendio de 1827. Manchas do fogo são visíveis na parte interior das paredes. Rachaduras causadas pelo movimento do rio podem ser notadas. Os porões foram preenchidos com terra depois do incendio. Quando escavados revelaram um grande numero de objetos de 1800 e 1900.



Parte da rua, continua  fora do museu.



               Como é perto do rio Aura, é preciso que bombas fiquem trabalhando para não infiltrar a água .


                         Na entrada do museu há esse elefante em baixo relevo. Dá para ver que foi esculpido em blocos maciços de granito. Visitamos a parte do museu que tem obras de arte contemporânea, não fotografei nenhuma, talvez por falta de sensibilidade . Não soube apreciar essas obras que são muito parecidas com as nossas obras contemporaneas. Se eu tivesse essa tal sensibilidade teria fotografado muitas obras. Lembro de algumas, feitas com centenas de chifres de bovinos, outra feita com pele de cordeiro, fizeram um tapete com todos os países, não achei que valia uma foto.